De todas essas, a Marinha boliviana com cerca de 5 mil membros salta aos olhos por ser a maior força naval ribeirinha do planeta. Nasceu na década de 60, quando o então presidente Víctor Paz Estenssoro, entusiasmado com o projeto de recuperar o litoral perdido para o Chile na guerra de 1879, povoou com navios militares o Lago Titicaca e os rios que fazem fronteira com o Brasil e o Paraguai. A perda da costa marítima é um assunto de forte sentimento na Bolívia, onde foi também instituído o "Dia do Mar". Escolares são ensinados que recuperar o acesso ao oceano é um dever patriótico e, dentro desse espírito, a existência de uma Marinha boliviana "serve para não deixar a idéia morrer".
http://blogdopg.blogspot.com/2012/12/marinheiros-de-agua-doce.html
Frota do Titicaca
Em 1861, o governo peruano empreendeu uma tarefa inusitada: construir dois navios de guerra no Lago Titicaca - o lago navegável mais alto do mundo. O lago fazia parte da fronteira Peru-Bolívia e o Peru queria estar preparado para futuras hostilidades.
O Peru contratou dois construtores navais britânicos para esse fim. Não havia à época estradas que pudessem levar os navios ao lago. Assim, os construtores trouxeram em mulas os componentes dos navios, por uma região desértica de 225 quilômetros até às margens do Titicaca, onde os navios foram finalmente montados.
Em 1861, o governo peruano empreendeu uma tarefa inusitada: construir dois navios de guerra no Lago Titicaca - o lago navegável mais alto do mundo. O lago fazia parte da fronteira Peru-Bolívia e o Peru queria estar preparado para futuras hostilidades.
O Peru contratou dois construtores navais britânicos para esse fim. Não havia à época estradas que pudessem levar os navios ao lago. Assim, os construtores trouxeram em mulas os componentes dos navios, por uma região desértica de 225 quilômetros até às margens do Titicaca, onde os navios foram finalmente montados.
Nenhuma peça poderia pesar mais de 175 quilos - o peso máximo que uma mula conseguiria carregar.
Os construtores dos navios completaram o Yavarí em 1870 e o Yapura em 1872. O Yavarí é agora um navio-museu. Mas o Yapura, que está na foto acima, ainda está em serviço. Por um longo período de tempo, seu motor foi alimentado por caca de lhama, embora eu não tenha conseguido determinar se ainda o é.
Os construtores dos navios completaram o Yavarí em 1870 e o Yapura em 1872. O Yavarí é agora um navio-museu. Mas o Yapura, que está na foto acima, ainda está em serviço. Por um longo período de tempo, seu motor foi alimentado por caca de lhama, embora eu não tenha conseguido determinar se ainda o é.
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