segunda-feira, 27 de maio de 2013

NÃO CONFUNDA

Capitão de fragata com... cafetão de gravata.
Ave Maria cheia de graça com... alvenaria cheia de massa.
Carolina de Sá Leitão com... caçarolinha de assar leitão.
Quintino Reis da Costa com... quinhentos réis da bosta, como fez o presidente de uma seção eleitoral ao  tempo da República Velha (RS).
A grande obra de mestre Picasso com... a grande pica do mestre de obras.
Espírito de corpo com... espírito de porco.
Patrimônio com... matrimônio (o primeiro pode aumentar ou diminuir com o segundo).
Perestroika com... espera estoica.
Cheio de vida com... cheio da vida (uma letra é tudo) .
Bem comum com... bem com... um (um espaço é tudo).
Capaz com... capaz de tudo.
Baixa combustão com...  (mulher) baixa com... bustão.
Estar com Maria José no colo com... estar no colo de José Maria.
Rambo com... Rimbaud.
Selassié com... Sei lá se é (nome de um bloco de carnaval).
Quatro Ases e Um Coringa com... quatro com asma e um com íngua; Jane e Erondi com... Jânio e Erundina; Lennon e McCartney com... Lênin e McCarthy.
Tocando B. B. King sem parar (conforme uma canção) com... trocando de biquini sem parar
Paulo Gurgel com... Paulo Coelho.

sábado, 18 de maio de 2013

SOBRE ENQUETES

Sr. Redator:
Sou um admirador desse jornal cuja leitura eu faço, rotineiramente, do seguinte modo: a primeira página, nas bancas de revista; as demais, depois de desembrulhar a carne trazida do açougue ou, no local de trabalho, por cortesia do faxineiro que faz a limpeza das vidraças. Só uma coisa eu não leio: o horóscopo - o que, talvez, seja uma tola superstição minha.
Pois bom, leitor assíduo (já disse!), se eu volto hoje a frequentar essa mesa de redação, é porque acordei com algumas reflexões no bolso do pijama. Primeira: uma "bola branca" à Seção de Cartas que vem jogando um bolão, deixando a gente cabecear livremente. Segunda: uma bomba de encher (fuque-fuque) "bola branca" que, dessimbolizada, nada mais é do que uma sugestão.
Explico: vão ao encontro do povão. procurem saber o que pensa o homem comum a respeito de situações do quotidiano. Sigam, portanto, o exemplo das sisudas revistas especializadas em rádio e televisão. Façam enquetes.
Algumas eu já bolei, com a certeza de que serão aí aproveitadas, para maior glória (contar com a Márcia Gurgel não é tudo!) desse órgão de imprensa.
1 - Qual é o melhor local para morar?
a) Na Cidade dos Funcionários, uma metástase da Aldeota segundo a especulação imobiliária .
b) Na Vila Romero, dividindo a casa com o riacho Pajeú.
c) Nos fundos da Siqueira Gurgel.
2 - Que veículo prefere?
a) O carro chapa branca.
b) Um daqueles que você viu em exposição na Semana de Prevenção aos Acidentes de Trânsito.
c) O pedalinho da Lagoa do Opaia.
3 - Qual é a "Obra do Século"?
a) A rede de esgotos de Fortaleza pela forma irrepreensível como foi tocada.
b) Idem, trocando o continente pelo conteúdo.
c) O Monumento ao Interceptor Oceânico na Beira-Mar.
4 - O que dá mais status?
a) Ser sócio-proprietário do Santa Esmeralda.
b) Passear de carro com o Leudinho.
c) Receber uma comenda de fariseu.
5 - (Só para mulheres.) Com quem você gostaria de ter um filho?
a) Com o Clodovil.
b) Com a porção-homem do Gil.
c) Com o editor-chefe da revista Lampião.
6 - (Só para homens.) Com quem você gostaria de ter um filho?
a) Com a Araci de Almeida.
b) Com a porção-mulher da Bethânia.
c) Com a secretária do editor-chefe da revista lampião.
7 - Qual é o "Acontecimento do Ano" em 1980?
a) O beijo-coristina do J. Moura no Frank Sinatra.
b) O beijo-fadigerol do J. Moura no Papa.
c) O beijo-glucoenergan do J. Moura no Zico.
8 - Qual é a sua diversão preferida?
a) Tomar uma geladinha no Anísio, desinteressado dos pivetes que estão interessados em você. (Por falar nisso, onde anda a sua bolsa capanga?)
b) Assistir ao Canal 2.
c) Praia. Colecionar hematomas do frescobol.
9 - Que objeto você levaria a uma ilha deserta?
a) Um talão do Estacionamento Azul.
b) Um apito de juiz de futebol.
c) O livro em branco do Carneiro Portela.
10 - Qual deve ser a duração ideal de um mandato de vereador?
a) Quatro anos legítimos + Dois anos biônicos.
b) Quatro anos legítimos + Quatro anos biônicos.
c) Quatro anos legítimos + Seis anos biônicos.
Fortaleza, 16 de outubro de 1980

sábado, 4 de maio de 2013

EM CARTAZ - III

O MÁGICO E A SECRETÁRIA
Grã-Bretanha, 2003. Jenny, uma moça de 18 anos, vive feliz em Londres. Divide o seu tempo entre os estudos de taxidermia e o emprego de secretária de um mágico. Nesta segunda atividade, ela é cortada ao meio pelo mágico todas as noites. Às sextas-feiras, em dobro. Numa noite de sábado, Jenny não aparece para a função. E o seu corpo bipartido é encontrado pela polícia, sob um olmo do Hyde Park. O mágico não aparece sequer para a missa negra de corpo presente. É sobre ele que recaem as suspeitas iniciais de haver cometido o crime. Mas, ao ser detido, ele apresenta um álibi irrefutável. Na provável hora do crime, estava a jogar paciência numa casa abandonada. Sem provas contra ele, a polícia aceita a hipótese de que Jenny se partira espontaneamente, em um sulco preexistente, quando dançava salsa numa boate. E prende o indiano que acompanhou a moça na boate, sob acusação de exibição de cadáver. Escrito para a televisão a cabo, o filme é interrompido para a inserção de comerciais de morgues e cemitérios.
O NOME DA PROSA
Produção ítalo-germânica de 1995. Numa época indefinida, em um país indeterminado, uma lei é editada para proteger a sociedade dos crimes de lesa-cultura. Por essa lei, todos são proibidos de ler qualquer coisa. Os livros são queimados em praças públicas, as revistas e os jornais, nos terrenos baldios. Traças e cupins conhecem o seu lugar. Montag, um graduado funcionário do governo, é o agente que comanda a repressão. Numa viagem de trem, ele conhece Clarisse. A sonhadora jovem que logo lhe desperta o gosto pela leitura dos prefácios. E Montag, com a coleção completa de Paulo Coelho na mochila, foge com ela para a Floresta Negra, onde conhecem um grupo de bibliófilos. O grupo se dedica a preservar as obras-primas da literatura universal e, de modo todo especial, o Livro Negro da Neusinha Brizola. O filme é baseado no livro "Gostei Mais do Filme" e foi dirigido pelo mesmo diretor do fracassado "Campeão de Bilheteria".
MORRIS
Norte-americano, 1988. Morris é um policial taciturno que se distrai mantendo um ritmo de trabalho diuturno. Ao seguir os passos de um homem-tronco, que o conduz involuntariamente até uma pista de skate, ele descobre e põe no camburão toda a quadrilha de Duran. Uma quadrilha especializada em roubar pirulitos das crianças com o objetivo superior de subornar o tenente Kojak. Promovido em risco no trabalho, Morris é designado para se infiltrar em outra quadrilha, chefiada por Kerouac. Casualmente, os dois se encontram em um bar fora da jurisdição, mas nenhum tem a coragem de pagar a conta do outro. Numa cena considerada antológica, ele e Kerouac tocam piano a três mãos em um concerto beneficente do Exército da Salvação. Apesar de maneta, Kerouac é rápido, e foge com a renda do espetáculo. Na perseguição do facínora, Morris demole o esqueleto de um dinossauro do Museu de História Natural. A crítica considerou insossa a cena final em que eles duelam numa salina desativada. Morrem apenas os padrinhos.
EM CARTAZ - I
EM CARTAZ - II