quarta-feira, 12 de agosto de 2015

DESAFIOS

Bits and Pieces
1. O desafio do balde de gelo
Inspirado no desafio, ao qual não têm faltado o apoio de muitas celebridades (pelo menos, nos Estados Unidos), alguém propôs praticá-lo em proporções maiores.
Aumentando-o com sustentabilidade.
Este é o projeto, melhor dizendo, o croqui de uma máquina perpétua de arrecadar dinheiro – dinheiro infinito. A ser todo aplicado nas pesquisas com ELA. a esclerose lateral amiotrófica.
Agora vai haver grana para a cura da doença.
N. do E.
Não liguem para a ausência de gelo. A queda d'água já é bastante gelada.
Original; EM, 27/08/2014
2. O desafio Charlie, Charlie
Lembram-se do desafio do balde de gelo?
Rápido como veio, logo degelou. Embora o desafio tivesse o nobre propósito de angariar fundos para ajudar os pacientes com esclerose lateral amiotrófica.
Agora, a nova mania na internet é tentar falar com um espírito que atende pelo nome de Charlie. Charlie de Tal. Na lista dos espíritos suspeitos, encontrando-se: Chaplin, Chan, Hebdo e o menino Brown, nenhum é mexicano.
No Instagram e no Vine, pessoas têm publicado vídeos em que aparecem realizando o novo desafio. E, no Twitter, a hashtag #charliecharliechallenge chegou a ter mais de 1,5 milhão de publicações num único dia.
Nesse suposto ritual de invocação de espíritos, dois lápis ficam cruzados um sobre o outro, sobre uma folha com as palavras "sim" e "não" escritas.
Alguém pergunta: "Charlie, Charlie, você está aqui?". Então, um dos lápis se move.
Se o lápis se move para o "sim" é que Charlie está presente. Muitos ficam assustados com a sinceridade de Charlie, gritam e saem correndo da sala. Sangue de Cristo, o espírito está ali apenas para dar conselhos pelo método binário!
E se o lápis se move para o "não"? Charlie não está presente. Excluída a possibilidade de ele ter passado, quem sabe, uma procuração a outro espírito, você está diante de um paradoxo.
É bom lembrar ainda que esse desafio tem regras. A mais importante delas é sempre se despedir do espírito ao terminar a sessão. Isso ou, então, correr o risco de se meter no olho de um Poltergeist.
E quando o lápis não se mexe?
Bem, esse resultado só acontece se ninguém soprar o lápis.
Original: EM, 27/08/2015
3. O desafio da borracha
Os estudantes de uma escola secundária de Connecticut não estão usando lápis somente para tomar notas. Alguns estão esfregando a pele de seus braços e pernas com borrachas de lápis até o ponto da mutilação.
Os administradores da escola em Bethel Middle School enviaram recentemente uma carta aos pais dos alunos pedindo que eles conversem com seus filhos sobre um jogo perigoso chamado de desafio da borracha (eraser challenge).
O jogo, explica a carta, envolve crianças que fazem o "apagamento" da pele, enquanto pronunciam as letras do alfabeto (com uma palavra para cada letra). Assim que chegam ao "Z" (de zombie), eles param e, em seguida, compararam os danos que a fricção com a borracha causou na pele.
Como eles compartilham as borrachas, a prática pode ser preocupante para a saúde, pois eles podem compartilhar também os fluidos corporais.
"Muitos terminam o desafio com ferimentos graves em seus braços", diz a professora Doris Murphy. Ela acredita que a pressão dos colegas é a força propulsora responsável pela propagação do jogo.
No entanto, o desafio não é um problema isolado de uma escola secundária em Connecticut. Uma pesquisa no YouTube mostra vídeos de adolescentes em todo o país que lesionam-se a si mesmos com borrachas. Além disso, há relatórios que revelam que o jogo já é praticado há tempos.
N. do E.
O desafio Charlie, Charlie não passa de uma inocente brincadeira diante do desafio da borracha. Feito com dois lápis cruzados sobre uma folha de papel com respostas à disposição de um suposto espírito, o Charlie no máximo provoca algum susto ou carreira nos praticantes. Acha John Walkenbach que um sopro sutil já explica 95 por cento dos casos, ficando os 5 por cento restantes para os demônios em geral. Concordo com ele.
Original: EM, 01/06/2015