sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

CRIADOR E CRIATURA

"Todas as crianças, exceto uma, crescem. Elas logo sabem que vão crescer (...) este é o começo do fim." 
Eis o início da clássica história em que o escritor James Barrie nos apresenta a turma de Peter Pan. Parece inocente, mas um olhar sobre a vida de Barrie dá um toque meio sinistro a essa história.
EU NÃO VOU CRESCER
"Toda a vida de James Barrie levou à criação de Peter Pan ", escreveu um dos seus biógrafos.
O ponto crucial aconteceu em 1866, quando Barrie, o caçula de uma família escocesa de dez filhos, tinha 6 anos: o irmão David, o orgulho da família, morreu em um acidente de patinação. A mãe de Barrie ficou arrasada. Para consolá-la, James começou a imitar o modo de falar e os maneirismos de David. Este comportamento bizarro continuou por anos. E o mais estranho: quando James chegou aos 13, a idade em que David tinha morrido, ele literalmente parou de crescer.
Ele não ficou mais alto do que 1,53 m, tinha a voz fina e estridente, e não fez a barba até que tivesse 24 anos.
Original: EM, 12/12/2014
A SÍNDROME DE PETER PAN
Esta síndrome teve a possibilidade da existência levantada pelo Dr. Dan Kiley em seu livro "The Peter Pan Syndrome: Men Who Have Never Grown Up", de 1983. Para designá-la, o autor inspirou-se em Peter Pan, personagem de uma peça de teatro e livro homônimo, que vivia na Terra do Nunca onde os garotos nunca envelhecem.
O portador desta síndrome, segundo Kiley, tende a apresentar rasgos de irresponsabilidade, rebeldia, cólera, narcisismo, dependência e negação ao envelhecimento.
No entanto, não há consenso de que esta síndrome seja uma doença psicológica real e, por isso, não está referenciada nos manuais de transtornos mentais. Não consta, por exemplo, no DSM IV.
A propósito 
Como se parecem atualmente (no plano físico) Lucy, Linus e Charles Brown?
Original: EM, 12/04/2014