sábado, 30 de março de 2024

DA SÉRIE "ENTRA NO BAR..."

Um táquion entra no bar:
O garçom lhe diz:
"Desculpe-me. Mas aqui não servimos a partículas mais rápidas do que a luz."
Se precisa ser explicada não é uma boa piada. Mas... o táquion é uma hipotética partícula subatômica que, se provada a existência, viaja com uma velocidade superior à da luz. Tem estranhas propriedades. Quando perde energia ganha velocidade e vice-versa. A velocidade lenta para o táquion é a da luz, e o garçom não quer correr atrás de um provável prejuízo.
Em tempo:
"A razão para nada viajar mais rápido do que a luz é para você não encontrar tudo escuro quando chegar lá." - Anônimo

Um romano entra no bar, ergue dois dedos e diz:

Um pato entra no bar e pergunta:
"Tem uvas?"
"Não."
"Tem uvas?"
"Não."
"Tem uvas?"
"Não."
"Tem uvas?"
"Não, e se você me perguntar isso de novo, eu vou pregar seu maldito bico no balcão."
"Tem pregos?"
"Não."
"Ótimo. Tem uvas?"
Bobinha, né? Mas piada de pato é assim mesmo (nem com música presta). Deem-me uma nova chance com outro protagonista.

Um cavalo entra no bar e pede uma cerveja.
O garçom fica em estado de choque: um cavalo de verdade entrou em seu bar, sentou-se ao balcão como uma pessoa, e pediu uma cerveja - em português perfeito!
Ele avisa para o cavalo:
- Sinto muito, senhor, mas eu tenho que falar primeiro com meu gerente.
Então, o garçom vai aos fundos do bar e explica a situação ao gerente. O gerente pensa por um momento e diz :
- Bem, isto é um bar, então vá em frente e sirva-lhe a cerveja. Mas, considerando que ele é um cavalo, ele provavelmente não tem ideia do preço de uma cerveja, então aproveite para cobrá-la a 20 reais.
O garçom volta ao balcão com a cerveja. Lentamente, coloca a cerveja no copo trazido para o cavalo e deixa a conta sobre o balcão.
O cavalo bebe a cerveja, paga a conta e está prestes a sair.
O garçom ainda está confuso com a presença do cavalo no bar. Mas ele não quer correr o risco de ofendê-lo, fazendo perguntas erradas. Assim, ele opta apenas por dar uma deixa.
- Você sabe, nós realmente não atendemos muitos cavalos por aqui...
O cavalo responde:
- Não devia estranhar. Com vocês vendendo cerveja quente, a este preço...

Um homem entra no bar e pede um copo d'água.
O dono do bar aponta uma arma de fogo de grosso calibre para o homem.
Ele agradece e sai.
O que de fato aconteceu?
O homem estava com soluços e queria um copo d'água para debelar a crise. Mas o dono do bar sabia que um bom susto é ainda melhor.

Um pirata entra no bar, e o garçom diz:
"Ei, eu não vejo você há muito tempo. O que aconteceu? Você parece horrível."
"O que você quis dizer com isso?", diz o pirata. "Eu me sinto muito bem."
"É a perna de madeira? Você não usava isto antes."
"Bem", disse o pirata. "Estávamos em uma batalha, e eu fui atingido por uma bala de canhão, mas eu estou bem agora."
O garçom prossegue: "OK, mas... e este gancho? O que aconteceu com a sua mão?
O pirata explica: "Estávamos em outra batalha. Eu abordei um navio para participar de uma luta de espadas. Minha mão foi cortada. Depois disso, coloquei este gancho, mas eu estou bem, realmente..."
"E quanto a este tapa-olho?"
"Oh!" - disse o pirata. - "Um dia estávamos no mar, e um bando de pássaros passou voando. Eu olhei para cima, e um deles fez cocô em meu olho."
"Você está brincando", disse o garçom. "Você não poderia perder um olho apenas com a merda de um pássaro."
"Bem, era meu primeiro dia com o gancho."

Uma piada de bar (bar joke) é um tipo muito comum de piada. A sintaxe básica é a seguinte: "Um homem entra em um bar e ... [algo acontece aqui]". A percepção inicial da piada é que um homem está entrando em um bar para tomar um drinque, mas isso dura apenas alguns segundos, o tempo em que a frase final é rapidamente dita. É uma forma de piada que já ganhou uma grande quantidade de variantes ao longo dos anos.
Exemplo:
Um padre, um castor e um rabino entram no bar. O garçom pergunta ao castor "o que vai querer?". O castor responde: "Nada. Eu estou aqui só por causa da Autocorreção."
Essa forma de fazer piada ficou tão conhecida que é objeto de pelo menos uma piada sobre a popularidade da própria piada: 

Um padre, um castor e um rabino entram em um bar. O garçom olha para eles e diz: "O que é isso, uma piada?'"

Um vegano, um praticante de crossfit, um adepto do Linux e um proprietário de um computador de baixo custo (*) entram no bar.
É tudo a mesma pessoa.
Apenas uma pessoa entrou no bar.
Oh, Deus, por que ele não vai se calar.
(*) Na versão original é citado o Raspberry Pi (do qual dizem ser o dispositivo recomendado ao aspirante a hacker).

Um gato entra no bar e pede um copo d'água.
O garçom pergunta:
"Você vai beber ou apenas derrubá-lo de propósito?"

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

PEQUENO GUIA PARA ENTENDER O ESCRITOR

Ele pariu com dor (por intermédio de Elba, sua bastante procuradora) dois filhos: Érico e Natália. E tem dado ao lume, sem a participação conjugal, uma pequena galeria de personagens fictícios.
A começar pelo trio Gurgelzim, Heteróclito e Jorge. Não é um segredo trancado a sete chaves: eles não interagem, estão sempre em histórias exclusivas; mas adotam padrões de comportamento que fazem suspeitar de que os três sejam um só personagem.
Se assim achou, está certo o leitor. Eles nunca foram lidos juntos.
Gurgelzim, Heteróclito e Jorge seriam também o próprio escritor, quando este quer tirar o foco de si mesmo?
Bem, fica difícil negar essa possibilidade diante do nome com que foi batizado o primeiro.
Gurgelzim surgiu nos tempos do "Informativo a Ferragista". Apareceu em A RUA GURGELZIM, com a ideia fixa de virar nome de rua em Fortaleza. SOL, PRAIA E... AÇÃO (na figura abaixo), GURGELZIM E A ARTE DO DESENCONTRO, GURGELZIM E O COMETA HALLEY e GURGELZIM DA VIOLA foram as histórias seguintes em que ele foi o protagonista.
Heteróclito (Clitinho) foi o nome com que o primus inter pares ressurgiu em dois contos - HETERÓCLITO, SUAS CASAS DE PASTO e HETERÓCLITO, SEUS INIMIGOS - publicados em "MultiContos", uma antologia de contos premiados pelo BNB Clube.
Finalmente, reapareceu como Jorge George Bizarria. Em O LAR SINGULAR DE JORGE GEORGE, que foi publicado (sob outro título) num breve retorno do "Informativo A Ferragista" (1986), e, em JORGE, UM CEARENSE, uma "entrevista" que ele concedeu ao livro "Outras Criações" (1992). Já JORGE GEORGE EM RITMO DE DESVENTURA, em duas partes, e A FESTA DOS SÓSIAS são  conclusões de antigos rascunhos. Estão apenas aqui no Preblog.
O trio tem uma relação absolutamente "desligada" com o mundo e , por isso, torna-se agente e paciente das maiores desventuras. 
E segue o fio: 
O Dr. Carta Pácio, que se dedica a enviar cartas comerciais com mirabolantes propostas, regra geral alicerçadas em argumentações pseudocientíficas; o Antonomásio, de curtas aparições, quando o texto está a exigir a presença de alguém de posições firmes, sem papas na língua, que não leva desaforos para a casa, e que, por ter sido batizado com água quente, reúne esses predicados todos; o Professor Kyw, um mestre do vernáculo que defende às últimas consequências o alfabeto pátrio extirpado das letras alienígenas; e o Dr. Asdrúbal, um médico colecionador de casos insólitos na profissão e solidário com as desgraças alheias, mesmo que isto signifique revelar que já passou por elas com galhardia.
Com o advento da blogosfera, o escritor ampliou o quadro de personagens ficcionais. E, para assuntos de cobrança, incluiu o Sr. Mário Valadão, que tem robusta experiência na área de extorsão. Hábil na abordagem dos anunciantes inadimplentes, quando não está entretido com algum serviço externo, Valadão mata o tempo ampliando o acervo muscular nas academias de ginástica. E também a fotógrafa Petúnia, que poderia aumentar o FI (Fator de Impacto) do blog EntreMentes, se não tivesse a má ideia de transformá- lo em fotolog. Além de ter o infeliz hábito de oferecer-se para trabalhar nos locais em que ela é enviada para fazer fotorreportagens.
E preparem-se que vem aí o Patrício Poeta, o inventor do "fototrovismo". 

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

DUELO DE CAPAS

Este duelo de capas (alto lá, sem espadas) aconteceu por ocasião da arte-final do livro "Edição Êxtase".
De um lado, a GRAVURA FLAMMARION:
Uma das mais icônicas ilustrações que nos remetem ao mundo medieval é a gravura Flammarion. Apareceu pela primeira vez no livro "L’atmosphère: météorologie populaire" (1888), do astrônomo francês Camille Flammarion (1842–1925), no capítulo intitulado “A forma do céu”. Diz a legenda: "um missionário da Idade Média conta que encontrou o lugar onde o céu e a terra se tocam…". O astrônomo, que trabalhou no Observatório Juvissy, ao sul de Paris, além de escrever vários livros sobre ciência popular, em sua juventude foi também aprendiz de gravador para impressão. Então, é provável que Flammarion tenha feito ou supervisionado a gravura para esta ilustração, a qual resume a cosmovisão dominante no Ocidente cristão antes da modernidade.
Do outro, os MOSAICOS ÓPTICOS DO SIENA GALAXY:
Compilado a partir de dados dos telescópios NOIRLab da NSF, o Siena Galaxy Atlas foi projetado para ser o atlas digital das grandes galáxias. Na capa de "Edição Êxtase", o leitor se depara com os mosaicos ópticos de 42 galáxias do sistema SGA-2020, dentre as mais de 380 mil galáxias que se encontram em nossa vizinhança cósmica. Utilizáveis gratuitamente pelo público nos formatos Original, JPEG grande e JPEG screensize, esses mosaicos ilustram a enorme variedade de tipos, tamanhos, cores e perfis de brilho superficial, estrutura interna e os ambientes das galáxias. (Crédito:CTIO/NOIRLab/DOE/NSF/AURA/J. Moustakas).