domingo, 30 de julho de 2017

# ZERO

O caçula dos números
Na antiguidade, o zero já era utilizado para fazer cálculos quando, de fato, ainda não tinha sido inventado. Era, por exemplo, levado em consideração nas pedrinhas dos ábacos que permaneciam abaixadas.
Quem inventou o símbolo para o zero foram os indianos, que tinham um sistema numérico baseado no número 10. Nesse sistema, criado por volta de 200 a.C. , a inclusão do zero só aconteceu há aproximadamente 1.300 anos. E, por terem sido os árabes que levaram o sistema numérico da Índia para a Europa, aí por volta do século 10 d.C., é que os algarismos que usamos são chamados de indo-arábicos.
"O zero foi, portanto, o último algarismo a aparecer no prodigioso edifício da numeração." Malba Tahan
Original: EM, 28/03/2011
O zero à esquerda
Parafraseando Ruy:
De tanto ver triunfarem as nulidades...

botei um ZERO à esquerda.


Original: EM, 16/06/2007
Contudo, o zero à esquerda é necessário, na notação das frações decimais entre -1 e 1, para transmitir a magnitude de um número. Agora, se for à esquerda de um número inteiro deve ser deixado em branco ou omitido.
Há exceções:
- no famoso número identificador de James Bond (007), que tem dois zeros à esquerda;
- na roleta, onde "00" é diferente de "0" (uma aposta em "0" não ganhará se a bola cair em "00" e vice-versa);
- nos mostradores dos dispositivos com números fixos de dígitos. Como, por exemplo, no odômetro do seu carro.
Original: EM 
Que é a Ilha Zero?
É uma ilha fictícia no Golfo da Guiné que foi adicionada à coleção de mapas de domínio público da Natural Earth. Está localizada precisamente no encontro da linha do Equador com o primeiro meridiano (o de Greenwich) e corresponde às coordenadas 0 ° N 0 ° E.
É definida como uma ilha de um metro quadrado e, numa escala de 1: 100.000, ela nem sequer deveria aparecer no mapa.
Sua "existência" é uma meia-piada. No entanto, a ilha é útil para detetar erros no desenho de mapas e na programação de sistemas que fazem uso das coordenadas terrestres.
Ela está no Twitter como @NullIsland e no YouTube como https://youtu.be/nimtoVLusXc.
Original: EM, 02/01/2017
Ode ao número zero
Minha versão para o poema matemático Oda al número 0, do poeta granadino Enrique Morón.
~ Redonda negação, pois nada existe
encerrado em teu círculo profundo
e rodas derrotado pelo mundo
com a sorte que a ele não pediste.
~ Como uma lua cheia é tua figura
gravada em papel com tinta e sono
Dono de ti, mas negas ser o dono
da completa extensão da brancura.
~ Teu coração imóvel e vazio
perdeu o sangue que inexistia.
É inútil colher onde não havia
mais do que um corpo no corpo frio.
~ Redonda negação, redonda essência
que não pôde ser nem o pretendeu.
Unicamente nada é o sonho teu
pois o não ser é ser em tua existência.
Original: EM, 03/06/2017