O médico psiquiatra Wellington Alves de Souza, natural do Crato - CE, publicou em 1988 o livro de poesia "Nossos Momentos". Com esta obra, Wellington completou uma trilogia que havia iniciado em 1981, com "Momento de Tempo", e continuado em 1984, com "Outros Momentos".
Nas três obras, a presença da palavra momento(s)! Por ser a poesia, como lembrou o contista Moreira Campos na apresentação do livro, "um instante, um momento, uma centelha, uma visita". E que, por isso, como também complementou, ela (a poesia) "será sempre realizada num íntimo compromisso ou preocupação com o eterno".
Em "Nossos Momentos", a convite de Wellington escrevi uma das abas do livro. É o texto que acabo de inserir no Preblog. E a médica e poeta Aline de Moraes fez o texto da outra aba. Nas útimas páginas do livro, Adísia Sá e Eudoro Santana deram seus depoimentos sobre o autor. E o artista plástico Mino assinou a bela capa de "Nossos Momentos".
Aqui aproveito para dizer que Wellington é irmão do empresário Edmilson Alves de Souza, de quem eu já era amigo. Publicando, durante anos, o informativo mensal "A Ferragista" (uma espécie de house organ de seu grupo empresarial), que reservava espaço para assuntos diversos, Edmilson se destacou como um grande incentivador das artes no Ceará.
Foi nas páginas do informativo de Edmilson que eu dei os meus primeiros passos de escrevinhador.
Na galáxia dos livros brilha mais uma estrela. "Nossos Momentos", que Wellington Alves vem de publicar, por ser inteiramente impossível para o autor não partilhar conosco a sua rica cosmovisão. Na qual consciência não é ornamento, é ação. Ação que intenta reorganizar o homem, a sociedade para o seu grande destino. Por conseguinte, é o homem a sua confissão (malgrado o que disse Terêncio a respeito do ser humano). Arco de pura sensibilidade, o autor transpõe para o falar poético o cotidiano, a turbulência de existir, o tédio, a morte, a vivência psicanalítica, o sentimento da amizade, a esperança... e o amor à sua companheira, Fátima, "o ombro mais buscado". Do que resultam poemas de extraordinária oralidade, como se feitos para um jogral. Ou para que o solo de um violão lhes dê o contraponto. Além de tudo, Wellington é solidário com a vida em sua totalidade;na dor (o vitimário das arenas burguesas), mas também na alegria, na beleza e na liberdade. Este último sentimento, por sinal, tem feito dele um globe-totter e um poeta engajado na grande causa socialista. De ambos os ofícios, ao que parece, o autor de "Nossos Momentos" obtém a renovável força ("Aquela Criança em Acapulco...") para o cantar libertário. Axé para você, poeta.
sábado, 30 de agosto de 2008
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