quinta-feira, 4 de julho de 2013

FRASEADO

Eis algumas frases dignas de registro. Foram colhidas por mim em circunstâncias as mais diversas. Umas, confidenciadas; outras, entreouvidas. Umas, brotaram das bocas de amigos. Outras, não se lhes identificam os autores. E há aquelas que não se nominam os autores e que são produto da sabença popular.
1. Quando Cabral chegou ao Brasil, aqui já estava cheio de"caboco" baiano.
2. É honesto... só até a meia-noite!
3. Cara, você me apertou sem abraçar!
4. Vá com Deus, Nossa Senhora e o Diabo atrás tocando viola.
5. Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece.
6. Jesus Cristo tem cada morador feio.
7. Funcionário público é como porco chupando caju azedo. Grita, mas não larga.
8. É ver começar a guerra e correr para se alistar.
9. No Brasil não há hippies, só arrepiados.
10. É melhor perder no boi do que perder o boi.
11. Quem tem sorte puxe por ela, quem não a tem, puxe a cachorrinha.
12. Jogaram a criança fora e criaram a placenta.
13. Quem comprá-lo pelo que ele vale e vendê-lo pelo que ele pensa que vale, vai lucrar um bom dinheiro.
14. Se pisar num chiclete não sai mais do canto.
A seguir, relato os contextos em que foram ouvidas e, quando possível, as pessoas que as disseram. Também acrescento pequenos comentários, na esperança de lhes diminuir a "outridade".
1. Verdade. Todo dia era dia de índio. Escutei-a na Praça do Ferreira por ocasião de uma engraxada.
2. Dita por um tal Augusto, com a intenção de enlamear um colega. Pude verificar depois que o língua ferina não tinha razão.
3. Reação de um tal Burlamaqui diante de uma pergunta incômoda. Ao final, abracei-o.
4. Despedindo-me de AA, depois de uma noite de aconchego. Amanhecia. Todo mundo sabe que o Diabo quando está bem humorado (tocando viola), nesses momentos não é tão feio quanto o pintam.
5. Do repertório de Zezinho, um hobbesiano prático. Espírito rixento, ele dispunha de abundante munição verbal para a provocação. Essa era uma.
6. Também do Zezinho. Pensamento seu tinha que ter, a um só tempo, religiosidade e beligerância.
7. Perto da castanha é menos azedo.
8. Do poeta Carlos Augusto. Que trava uma guerra particular com a guerra.
9. Nem yuppies, acrescento.
10. Momento de inspiração do "Seu" Antônio, dedicado funcionário do SAME do Hospital de Messejana.
11. Vovó Almerinda (?)
12. Domínio público.
13. Do jornalista Vera Cruz, de quem fui hóspede em São Luís, ao se referir a um conhecido globe-trotter.
14. Do colega Eduardo, dando ênfase às condições físicas de um valetudinário.
Ver também: FRASEOLOGIA MILITAR

Nenhum comentário: