quarta-feira, 2 de julho de 2014

GERÔNIMOS

Porque se diz "Gerônimo" quando se pula de paraquedas?
O costume surgiu nos Estados Unidos em 1940.
Um pelotão de paraquedistas do exercito americano teria que fazer uma demonstração de salto, até então inédita, em Fort Benning, Georgia. Seria a demonstração da possibilidade de um ataque maciço de tropas com muitos paraquedistas saltando quase simultaneamente. Para isso, precisariam de muitos paraquedistas, e os saltos teriam de ser feitos rápida e sucessivamente.
No dia anterior à demonstração, alguns soldados estiveram assistindo a um filme de faroeste. Um filme sobre o lendário chefe apache Gerônimo (Geronimo,  de 1939). Estavam todos apreensivos com a missão. Depois de algumas cervejas, o soldado Aubrey Eberhardt, encorajado pela bebida, disse que o salto do dia seguinte seria como outro qualquer.
Os colegas duvidaram da coragem de Eberhardt. E este, injuriado, fez a promessa de que estaria tão tranquilo que ia se lembrar de gritar "Gerônimo!", em alto e bom som, para que todos ouvissem.
De fato, tanto os colegas que estavam dentro do avião, como os que já haviam saltado e estavam por perto, como ainda alguns colegas que estavam em solo ouviram o grito de Eberhardt ao saltar. Ele havia cumprido a promessa e, naquela ocasião, nascia o famoso grito de guerra (e de sorte) dos paraquedistas militares e civis.
Original: EM, 01/06/2013

Porque se escreve "Gerônimo" quando se comunica a morte do inimigo
"Geronimo - EKIA (enemy killed in action)."
Com esta curta mensagem, enviada pelo general Custer para a Casa Branca, um período de dez anos de buscas e repreensões chegou ao desfecho.
O governo dos Estados Unidos conseguiu, finalmente, pegar Geronimo (foto), o lendário chefe apache que tanto aterrorizava o pacífico povo do país.
O índio passara à condição de renegado desde que iniciou uma coleção de escalpos ianques em substituição aos genéricos mexicanos.
Um acordo tácito, que o índio fez com as autoridades do país, autorizava-o a participar de um animado hide-and-seek.
Ao ser divulgada a informação de que ele fora enfim encontrado, os skinheads estadunidenses, em estado de euforia, saíram às ruas para fazer um carnaval fora de época (embora não façam isso em época alguma).
Tudo saiu como estava previsto. Na fronteira com o México, quando era levado para os Estados Unidos, aproveitando-se de um momento de distração de seus captores, o corpo enorme inerme do líder apache decidiu assumir seu próprio destino e se jogar nas águas revoltas do Rio Grande.
Morto, Geronimo não é mais o inimigo público # 1 da nação, agora é o seu mais novo wetback.
Original: EM, 09/05/2011

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