Que anjos são esses
Que me protegem - com dedais - das agulhadas
Mas que não trazem seus escudos
Quando me ameaçam as lanças?
Que anjos são esses
Que unguentam as minhas feridas cicatrizadas
Mas que não arrancam
As rugas daninhas do meu rosto?
Que anjos são esses
Que espantam de mim os mosquitos do verão
Mas que não se importam
Quando me rondam os abutres?
Que anjos são esses
Que me agasalham ao primeiro sereno
Mas que me largam
Ao relento durante a borrasca?
Que anjos são esses
Que me nutrem da celestial ambrósia
Mas que não diligenciam
Quando mastigo cogumelos venenosos?
domingo, 25 de novembro de 2007
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