Trava-se entre estados nordestinos uma luta política para ver qual deles vai sediar a nova refinaria. Há argumentos técnicos a favor de um, de vários e de todos. Ora é Pernambuco, porque possui o melhor porto, o Rio Grande do Norte, por ser o principal produtor de petróleo da região, e ora é o Ceará, que está em melhor posição geográfica, coisa e tal.
Os ânimos estão acirrados, nenhum estado quer perder. E, por não ser possível contentar a todos, o Governo Federal vem adiando o anúncio do nome do estado que irá sediar a tão disputada refinaria. Por se tratar de uma decisão politicamente desgastante, mesmo que seja respaldada em laudos técnicos.
Enquanto isso, aqui e ali esboçam-se acordos que visam a aumentar os cacifes dos estados envolvidos na disputa. Como, por exemplo, colocar a refinaria em Aracati para beneficiar o Ceará eo Rio Grande do Norte. Ou, então, construir a refinaria no Cariri para dividir as vantagens entre Ceará e Pernambuco (afinal, o Arrais é também cearense).
Só que propostas assim poderão atender aos interesses de dois ou, quando muito, três estados. Passando ao largo dos interesses dos demais. Por ser impossível encontrar uma região em que todos eles façam fronteiras entre si.
O que todos os estados nordestinos apresentam em comum é o fato de serem banhados pelo Oceano Atlântico. Daí me ocorrer a ideia de que possa ser construído um grande navio-refinaria. Com a palavra, os japoneses (para quem navios e fábricas podem ser a mesma coisa). Navegando de um estado para outro (com a exclusão da Bahia que já tem uma refinaria terrestre), a refinaria flutuante, iria deixando nas escalas a sua produção conforme as necessidades locais.
Em momentos de folga nos compromissos assumidos, o navio-refinaria poderia se deslocar, quem sabe, até o Pará. Que não é Nordeste, mas que tem no governo um correligionário do presidente, eis outro argumento técnico.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
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