Numa certa época, o Brasil era um país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza. O celeiro do mundo, onde se plantando tudo dava. Nossos bosques tinham mais vida, nossa vida, mais amores.
Dava gosto ser brasileiro!
Um dia, entusiasmado com a exuberância da Terra brasilis, Stefan Zweig a chamou de... País do Futuro. Aquilo foi uma ducha gelada em nosso coração febril. Então, não éramos o violino di spalla no concerto entre as nações?
Ficaram assim adiadas as comemorações do ufanismo nacional.
Depois de atirados no espinheiro da realidade mudamos um pouco. Passamos a aceitar que o país não estava bem, mas tínhamos uma "ilha de prosperidade". E essa ilha, pasmem os senhores, era o Ceará velho de guerra. Quando a gente olhava em torno e não via por onde... Víamos apenas a propaganda oficial que, martelando a todo instante, tentava dar a impressão de aqui ter o corno da abundância (duplo epa!). Até que uma instituição, analisando taxas econômicas e vitais, colocou o Estado em seu devido lugar: o terceiro mais estropiado do país.
Tentou-se, então, deslocar o foco para Fortaleza, apesar do reducionismo desta nova proposta. Porém, eram tantas as favelas na capital cearense (cerca de 250) que, ao cabo das exclusões, só sobrou a Aldeota. O bairro que abriga mansões, apartamentos de luxo, flats etc. Mas... olhando bem: riqueza e pobreza também convivem nesta parte da cidade. Não, não pode ser a Aldeota em sua totalidade.
Talvez... uma rua do bairro, um quarteirão ou, para não me alongar muito, uma casa.
A residência de um barão no exato momento que ele está a receber um grupo de socialites.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
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