(PELA CONSTRUÇÃO DA AVENIDA)
Sr. redator,Desculpe o chavão: já não há ecologistas como antigamente. Nos últimos tempos, talvez pela retração dos verdadeiros representantes da categoria, os espaços da mídia estão sendo ocupados pelos ecoxiitas. Fanáticos, sectários, intolerantes, estão sempre a combater tudo que lembre o progresso.
No entanto, não vão morar nos grotões onde, longe da civilização e dos confortos da sociedade de consumo, poderiam cultivar o ideal bucólico. Ah, não! Preferem as neurastenias das grandes cidades, nas quais montam o picadeiro para o grande show. Eles jamais suportariam aqueles locais onde, no dizer de um humorista francês, os frangos passeiam crus.
A última deles é considerar a Avenida Sebastião de Abreu, em construção no Cocó, uma série ameaça à existência do Parque. Sem levar em conta a argumentação de que a nova avenida, que surge como alternativa à congestionada Santana Júnior, encurtará o percurso Água Fria - Praia do Futuro, e vice-versa, em DOIS QUILÔMETROS.
Os candidatos ao benefício viário/diário fomos ouvidos?
Não. Mas os caranguejos do mangue, com os quais os ecoxiitas aprendem a dar seus passinhos... para trás, decerto o foram.
Afinal, o homem é o câncer da natureza, e eles, os anticorpos salvadores.
Aí, esquecem as toneladas - adicionais - de gases e fumaças que os carros vão despejando na atmosfera enquanto percorrem a longa curva do Iguatemi.
Dar objetividade ao fluxo de veículos na região é algo inadiável.
De desatino em desatino, vai que um dia esses senhores resolvem parar de respirar. E eu não seria contra uma decisão do tipo, que preserva o oxigênio para fins mais nobres enquanto, ao mesmo tempo, reduz os níveis de gás carbônico na atmosfera e, por via da consequência, o efeito estufa.
Em tempo:
O projeto de construção da avenida contempla os interesses dos caranguejos do mangue.
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