Leitorado, 17/03/1993
Sobre a suposta neutralidade do rei, ocorrem-me algumas dúvidas: O rei não fede nem cheira? Não toma partido de nada exceto da TFP? Está descarregado e com isso não se deixa influenciar por campos magnéticos? Decide ele da forma salomônica, o que inclui naturalmente algumas criancinhas cortadas ao meio? Ou, então, o rei já vem com a roupa suja lavada a sabão neutro? Enquanto não me esclarecem, vou apenas torcendo... não, não é a roupa do rei. É para que não venha a nós o vosso reino.
Leitorado, 19/03/1993
No finado império havia uma lei fixando em 50 o número máximo de chicotadas que o escravo podia levar por dia. Apesar desse tabelamento, por ordem do patrão ou por simples entusiasmo sádico do leitor feitor, era comum o escravo ser chicoteado até à morte. Encurtando assim uma vida útil no eito que poderia durar dez, quinze anos... para prejuízo do desavisado patrão que, desgraçadamente, de arrependimento não morria. E publica-se uma pequena relação dos instrumentos, além do já citado chicote, que eram na época usados para a aplicação de castigos corporais nos escravos: correntes, gonilha, gargadeira, tronco, viramundo, algemas, peia, máscara, anjinho, palmatória, ferro de marcar etc. A informação é dada em atenção a Sandra de Sá, Macalé, Neuma da Mangueira e outras personalidades da raça negra que possam estar atualmente envolvidas na campanha da monarquia. Escravidão e monarquia no Brasil foram as duas faces (azinhavradas) da mesma moeda. Quando uma acabou, a outra idem.
Leitorado, 02/04/1993
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